“Em uma noite clara e muito fria, sem lua, olhos e câmeras focam o escuro. Sem avisar, algo lá em cima se move.” — Gleice conta sua experiência com a aurora boreal e a cidadezinha de Tromso, no norte da Noruega.
Para alguém que nasceu e sempre viveu no trópico quente e úmido, a vida próxima aos polos é um mistério. Por isso foi inusitado que, em janeiro de 2012, de repente nos descobríssemos em Tromso, Noruega. Em algum momento entre agosto e setembro de 2011 a ideia tomou corpo e, no começo do ano, após passarmos por Oslo, entramos em um voo de 4 horas em direção ao norte…
Estávamos perto do meio dia, e logo ficou claro que a paisagem lá embaixo perdera as cores, se transformando em um mar de brancos… Não demorou muito e o sol se pôs, pouco depois das 14 horas. Aterrissamos em Tromso às 16 horas, já noite fechada! Passamos uma semana numa cidade de contos de fadas à beira mar, onde o sol nunca apareceu de verdade. Às 11h aumentava a luminosidade do céu, como se o dia fosse enfim começar; às 14h aquela pouca claridade sumia e começava a noite; as luzes das ruas nem mesmo chegavam a se apagar.
Temperatura: zero graus e descendo; menos 16 graus às 21h, e descendo… Entre 21h e 02h, o momento ideal para o grande desafio: procurar a aurora boreal… Até o encontro definitivo foram várias tentativas, explicações dos mais diversos tipos (desde as totalmente científicas até as inteiramente místicas) e alguns shows de luzes de intensidades diferentes. Fazenda de cachorros, passeio de trenó, a aventura com os caçadores de auroras boreais à bordo de uma van, percorrendo estradas escuras em um lindíssimo litoral rochoso, recortado e coberto de neve.
A experiência, em si, é fantástica, inesquecível. Em uma noite clara e muito fria, sem lua, olhos e câmeras focam o escuro. Sem avisar, algo lá em cima se move. Sentimos que as estrelas se apagam. Fachos luminosos começam a atravessar o céu, algumas vezes suaves, outras vezes agressivos. Traçam retas e curvas, rodopiam. A exótica dança das luzes ocupa o espaço, magnetiza; ao mesmo tempo em que nos sentimos parte do universo, tomamos consciência da nossa pequenez frente a ele.
O frio aumenta, os pés congelam, o nariz escorre, mas muitas pessoas se deitam na neve para não perder nenhum detalhe do show. Uma experiência sensorial única; um recado etéreo do universo, escrito em linguagem mágica.
Esse foi o destino inesquecível de Gleice. Você já fez uma viagem mágica? Conta para a gente!
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