Enfim chegou um dos dias mais esperados da viagem: a travessia do Canal do Panamá. Desde a véspera todos não falavam de outra coisa, sobretudo a TV interna do navio, que se multiplicou em reportagens e depoimentos colhidos em viagens anteriores.
Navegamos a noite toda e, logo cedo, o navio chegou à barra de Colón, tomando seu lugar numa grande fila de candidatos a cruzar o canal naquele dia, desde iates até cargueiros, incluindo vários transatlânticos como o nosso. Como foi anunciado que esperaríamos mais de 06 horas para iniciar o processo, resolvemos desembarcar e participar de uma expedição rodoviária que atravessa o país. Outras pessoas preferiram ir à zona franca, para fazer compras, ou jogar no cassino, mas, como vocês já devem ter percebido, nosso grupo gosta muito de olhar paisagens, ver prédios e conhecer gente… Como a distância entre os oceanos é relativamente pequena, em 05 horas fizemos um citytour pela cidade de Colón, no Atlântico, e outro pela Ciudad do Panamá, no Pacífico, além de passar pela Estação de Miraflores, que controla as eclusas que dão acesso ao lago, para ver de perto seu funcionamento. A Ciudad do Panamá é contemporânea e visivelmente próspera, ostentando prédios de arquitetura inusitada; Colón é mais antiga e pobre, lembrando filmes como “O Alfaiate do Panamá”.
Mas a grande atração do dia foi a travessia em si, boa parte da qual assistimos de camarote, da grande vidraça do salão de ginástica do navio. E você pode assistir também!
O projeto de um canal ligando Atlântico e Pacífico, encurtando as viagens marítimas, era um sonho antigo transformado em realidade por um prodígio de engenharia inaugurado em 1913. Embora com tecnologia antiga, o enchimento/esvaziamento das eclusas funciona com perfeição, transformando-se em ‘degraus de água’ que permitem que as embarcações cheguem/saiam de um grande lago que fica no centro do continente e está 20m acima do nível do mar. Estão em execução novas comportas, com controle computadorizado.
O movimento e o porte das embarcações são impressionantes! Também impressiona o cuidado com a natureza nas margens do canal e ao redor do lago, compondo uma grande zona de proteção ambiental.
Passamos quase 05 horas nesse percurso. No final da tarde entramos finalmente no Oceano Pacífico, assistindo ao acender das luzes dos balneários próximos e ao por do sol no mar – no Atlântico ele acontece sobre o continente.
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