Se eu achei que o toque de acordar de ontem foi cedo, o de hoje foi praticamente equivalente a “ontem à noite”. Às 4:30 da madrugada, estávamos todos enrolando nossos sacos de dormir. Tomamos um café da manhã bem reforçado e antes das 6:30 já estávamos começando o passeio em King’s Canyon. O começo é a pior parte, porque é uma subida bem boa (ou bem ruim, como preferir). Depois da primeira meia hora, fica mais fácil, e o cenário mais bonito. Andamos por cima das rochas, vimos vales e desfiladeiros, e subimos e descemos umas escadas de madeira até chegar no Eden Garden. Literalmente “o jardim do Edén”, é a única fonte de água da região que não seca, logo é um local sagrado para os aborígenes. Uma parte do grupo até quis, mas o guia disse que não podia mergulhar.
O Eden Garden é mais ou menos o meio do trajeto. Mas a segunda metade me pareceu mais fácil, sem contar que é descida, né?
No total, nossa caminhada durou umas três horas e meia.
De volta ao ônibus, o itinerário continuou rumo a Uluru, com uma parada no meio do nada para um almoço-piquenique e uma segunda parada para ver, ao longe, Mt Conner.
Uluru é o ponto central de uma região indígena muito preocupada com a preservação da cultura e do ambiente, então os turistas são obrigados a visitar um centro cultural aborígene antes de chegar perto da rocha. Esse centro tem vários painéis e duas salas de vídeo mostrando um pouco dos costumes dos grupos (que não se consideram tribos). Além disso, eles também aproveitam para pedir que ninguém escale Uluru.
Mas, finalmente, Uluru não é o nome da cidade ou da região, e sim uma grande pedra no meio do deserto. Realmente chama muita atenção pelo tamanho e pelas cores. Depois da nossa hora regulamentar no centro cultural, fizemos uma primeira caminhada ao redor de um lado da rocha, enquanto a guia especializada contava histórias (cumpridas e difíceis de entender) da mitologia local.
Depois de um dia longo, jantamos linguiça de camelo e carne de canguru. E ai? Que gosto tem? Bem, o canguro foi grelhado, e era parecido com carne de boi mesmo. A linguiça de camelo era temperada com tâmaras. Resultado o sabor era bem exótico, diferente mesmo. Não sei muito bem como comparar com outra coisa. Mas gostei.
Esse texto faz parte da série Vamos Juntos: Austrália.
Próximo post: Dia 3: Amanhecer e pôr-do-sol em Uluru e Kata Tjuta
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