Café irlandês e barcos voadores

Década de 1930. Cidade de Foynes na Irlanda. Ou melhor: aeroporto de Foynes. Um grande avião da famosa empresa Pan Am está prestes a chegar. O maior hub europeu para receber passageiros da América do Norte está à espera. Mas, onde está a pista de pouso? Não existe. Este avião, caros leitores, pousaria na água.

Hoje, o aeroporto de Foynes está totalmente desativado, afinal, os aviões não pousam mais na água. Mas a história destes barcos voadores está preservado no museu de Foynes, no prédio onde funcionava o terminal do antigo aeroporto.

O museu é bem interessante. Além de aprender sobre a história da aviação, é possível subir até um andar mais alto onde se pode aprender como amarrar nós típicos da aviação, apreciar a vista da cidade e tentar imaginar como os aviões pousavam no pedaço de mar visível da janela. Mas o ponto alto é uma réplica em tamanho real de um Boeing 314, que os visitantes podem explorar à vontade.

Mas não só de barcos voadores vive o museu de Foynes. Eles também guardam a chave de mais uma peça importante da história irlandesa. Reza a lenda que foi lá onde nasceu o famoso café irlandês. A gente aprende mais sobre essa invenção via um filminho. Lá vai a história:

Durante o inverno de 1943, depois de voar várias horas em condições climáticas desfavoráveis, o comandante de um avião decide voltar ao aeroporto de Foynes para esperar melhores condições de vôo. Os passageiros e tripulação foram, então, esperar no restaurante do terminal. Pediram ao bartender, Joe, que lhes preparassem uma bebida especial. E Joe resolveu colocar Whiskey no café. Um dos passageiros decide agradecê-lo:

Passageiro: Estava maravilhoso! É café brasileiro?
Joe: Não, é café irlandês!

Depois do filminho, continuamos a visita até o café do museu, onde nos ensinaram os segredos para preparar um café irlandês autêntico. Quer a receita? Tá aqui no site do Museu de Foynes.

A visita ao museu de Foynes fez parte de uma presstrip pela Irlanda patrocinada pela Failte Ireland.