4 destinos para entender o Chile

Post super especial no SOSViagem! O Nivaldo do blog Buenas Dicas escreveu um post especial para a gente, falando um pouco desse país incrível que é o Chile!

Muito antes de criar o Buenas Dicas, tenho um fascínio enorme pelo Chile. Acho que começou na infância, vendo aquela clássica foto de Santiago cheia de prédios, meio que à sombra da imponente Cordilheira dos Andes. O tempo passou e tive a oportunidade de percorrer boa parte do país em algumas viagens, de norte a sul, que foram importantes pra que eu pudesse entender um pouco da essência chilena.

Pra resumir o país, escolhi 4 cidades totalmente diferentes entre si, que refletem o ritmo das pessoas, a história e a região em que estão: litoral, deserto, floresta e um vale bem no centro geográfico do Chile.

1. San Pedro de Atacama | Um oásis no deserto
Não que San Pedro seja de fato um oásis. Na verdade até existe um lá perto, a fantástica Quebrada de Jerez, mas isso não vem ao caso. O fato é que a atual San Pedro, em meio ao deserto mais seco do mundo, é a prova de que dinheiro e organização são capazes de construir praticamente qualquer coisa. E essas duas não faltam ao Chile, que se alimenta das minas de cobre, ali mesmo no deserto, e da força de vontade de sua população, de uma rigidez quase militar, principalmente em comparação com a tradicional malandragem latina. E é assim que, minúscula e cosmopolita, San Pedro floresce na areia.

2. Valparaíso | Velha, rabugenta e estilosa
A princípio não gostei de Valparaíso. Hospedado na vizinha Viña del Mar, passei por lá e quis sair correndo daquele caos, uma mistura de porto, metrópole decadente e arte. E foi justamente a arte que me conquistou nas outras visitas que fiz a “Valpo”, como os chilenos preferem chamar a cidade. São os cerros e vistas gloriosas pro Pacífico que levam os turistas até lá, mas tenho certeza que é a arte, dos grafites de rua às galerias contemporâneas, que faz a maioria voltar. Uma cidade que influenciou a obra de Pablo Neruda e que traz na atmosfera as lembranças do maior poeta chileno.

3. Pucón | Aventura sem limites
Quando comecei a pesquisar sobre Pucón, li que a cidade é a “Meca mundial dos esportes de aventura”. Achei que fosse o exagero habitual dos caras do Lonely Planet, mas de fato Pucón respira esporte. A cidade tem pouco mais de 20 mil habitantes e a economia gira em torno do turismo, explorando a espetacular região de Araucanía. No inverno e no verão, milhares de europeus e americanos, principalmente, chegam a Pucón para praticar rafting, parapente, canoagem e, sobretudo, escalar grandes vulcões. A subida mais comum é ao topo do Villarrica, que pode ser visto de qualquer lugar da cidade e, vez ou outra, entra numa erupção básica. Imagino que só pra mostrar que, entre chilenos e turistas, quem manda ali é ele.

4. Santiago | O que a América Latina poderia ser
Sem dúvidas a capital mais limpa da América do Sul. Também uma das mais seguras, atrás apenas de Montevidéu, que tem uma população 5 vezes menor. O metrô também é excelente, servindo bem ao turismo e à população. Tudo isso depois de sobreviver a dezenas de terremotos. Mas o que Santiago tem e as outras capitais do continente não? Sinceramente, eu não faço a menor ideia. Arrisco dizer que a metrópole emergiu de todos os contrastes do Chile: do deserto ao gelo, do mar à montanha.

O Chile merece um brinde, de preferência com uma boa taça de vinho.

Obrigada, Nivaldo! Com certeza suas dicas serão valiosas para quem quiser explorar melhor o Chile!